domingo, março 22, 2009

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Este jogo foi o que mais nojo meteu.

quinta-feira, março 12, 2009

Futebol


Sempre amei o futebol.
Não me recordo de alguma vez na vida estar afastado dele. Fosse na rua sozinho a rematar contra uma parede,fosse a jogar com amigos numas balizas inventadas por pedras, fosse a ouvir o meu avô contar-me que naquele dia o Oceano e o Carlos Xavier tinham regressado da Real Sociedad e que tinha chegado ao clube um tal de Sá Pinto, ou as viagens com o meu outro avô para ver religiosamente todos os jogos do CDGouveia. O futebol sempre fez parte de mim. Os cromos que se colecionavam e que aos poucos preenchiam a caderneta daquela época, aquela primeira camisola verde e branca em que obriguei a minha avó a inventar um 7 porque no Sporting um miúdo chamado Figo usava esse número. A paixão pelo futebol e pelo Sporting não tem mesmo explicação,sente-se. Durante aqueles 90 minutos nada mais interessa. Só aqueles onze homens e as cores que envergam.
O futebol já me fez sentir todas as emoções possiveis. Já ri e já chorei. A alegria incrível daquele primeiro campeonato vencido ao fim de tantos anos, aquele passagem à final da UEFA com o golo do Miguel Garcia no último minuto, a reviravolta dos 5 a 3 ao Benfica, a caminhada mágica de Portugal no Euro2004, o acelerar do coração a cada ecoar da Portuguesa. Mas digam o que disserem, quem gosta mesmo de futebol fica sempre com uma certa azia quando perde. Como aquela semana negra em que perdemos o campeonato e a UEFA em apenas uns dias,os resultados com o Bayern,e a maior de todas...a derrota com Grécia. Essa nunca será esquecida...aquele título era nosso e foi-nos roubado por uma equipa claramente mais fraca.O futebol é isto, um concentrado de emoções e paixões que nos fazem estar ali, semana a semana, seja qual for o resultado a puxar e a sofrer pela nossa equipa.
Hoje mais que ontem, Sporting sempre.

I love this Game...

quinta-feira, março 05, 2009

O País do faz de conta


"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média.

Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo.

Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus.

Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores.

Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e que são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

Simplesmente genial


...Estás aqui para ser feliz...